Estudo científico traz novas evidências de que existem algumas formas mais inteligentes de usar o dinheiro, se o seu objetivo é ser uma pessoa mais feliz.
Dinheiro traz felicidade? Essa pergunta é comumente respondida com "não". Algumas pessoas acrescentam: "não traz, mas facilita". O que, afinal, a ciência diz a esse respeito?
Há décadas a ciência já aponta que gastar dinheiro com experiências (tais como viajar, assistir a um filme ou concerto musical, jantar em um restaurante, entre outras) produz maiores e mais duradouros níveis de bem-estar, quando comparado a gastar o dinheiro com coisas (roupas, celulares etc.). Um recente estudo científico confirma, novamente, esse fenômeno.
Nesse estudo, publicado na revista científica Journal of Experimental Social Psychology, os pesquisadores recrutaram 2.635 adultos para um experimento. Metade dos participantes foi aleatoriamente alocada no grupo denominado "materialista". A outra metade foi alocada no grupo chamado de "experiencial". Ao longo do dia, todos recebiam mensagens de texto, perguntando sobre seus estados emocionais e comportamentos de compra.
Os participantes do grupo "materialista" focaram suas compras em "coisas", tais como joias, roupas ou móveis. Os participantes do grupo "experiencial", por outro lado, focaram suas compras em experiências (jantares em restaurantes, espetáculos esportivos, entre outras). Os resultados foram claros: o grupo "experiencial" apresentou níveis de felicidade imediata significativamente maiores do que o grupo "materialista".
Em uma segunda fase do estudo, os pesquisadores mediram os níveis de felicidade declarada de 5.000 pessoas. Em seguida, perguntaram se a pessoa havia comprado ou utilizado, na última hora, um produto ou uma experiência. Os resultados novamente mostraram que os participantes que declararam ter comprado ou utilizado uma experiência apresentaram níveis de felicidade significativamente maiores.
Essa é mais uma evidência de que, se o seu objetivo na vida é ser mais feliz, a escolha mais inteligente é usar o dinheiro para comprar mais experiências, e menos objetos.
Estudo original:
Kumar, A., Killingsworth, M. A., & Gilovich, T. (2020). Spending on doing promotes more moment-to-moment happiness than spending on having. Journal of Experimental Social Psychology, 88, 103971. doi: https://doi.org/10.1016/j.jesp.2020.103971
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