Estudo científico demonstrou, em laboratório, que o ácido anacárdico, presente na castanha de caju, pode ter efeito reparador em nervos do sistema nervoso central.
Nos dias atuais, os benefícios de uma alimentação saudável estão muito bem estabelecidos pela ciência. Entre os alimentos benéficos à saúde estão as oleaginosas — vegetais que possuem óleos que podem ser extraídos para consumo humano.
Um estudo científico recente, realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, verificou em laboratório que uma substância presente na castanha do caju, chamada ácido anacárdico, tem efeitos reparadores sobre nervos do sistema nervoso central.
Esse time de pesquisadores é particularmente interessado em uma estrutura dos neurônios chamada "bainha de mielina". Essa estrutura funciona como uma capa protetora, formada por gorduras, que envolve os nervos que saem dos neurônios.
Algumas doenças envolvem a degeneração dessa camada de gordura — e são conhecidas como "doenças desmielinizantes". Um exemplo de doença neurológica desmielinizante é a esclerose múltipla. Isso significa que reparar danos à bainha de mielina é importante para a preservação dos neurônios e do cérebro, e para a prevenção e tratamento de doenças desmielinizantes.
Com isso em mente, os pesquisadores verificaram, em estudos in-vitro e com animais não humanos, que o ácido anacárdico tem o potencial de regenerar a bainha de mielina dos nervos.
O próximo passo da pesquisa, agora, é verificar se esse efeito ocorre de maneira semelhante em humanos e, a partir disso, quem sabe, utilizar esse conhecimento para criar suplementos e/ou medicamentos que ajudem a preservar e reparar a bainha de mielina.
Estudo original:
Ljunggren-Rose, A. et al. (2020). Anacardic acid induces IL-33 and promotes remyelination in CNS. Proceedings of the National Academy of Sciences: https://doi.org/10.1073/pnas.2006566117
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